Outubro é um mês importante no calendário mundial da saúde, pois é marcado por diversos movimentos que conscientizam a população a respeito do câncer de mama e sua prevenção. O sucesso dessas iniciativas engajou governos, organizações, empresas e pessoas em prol dessa causa.
Ao longo da minha experiência de 44 anos de profissão, sei o quanto a informação sobre a saúde é o melhor aliado na luta pela melhoria da qualidade de vida. Por isso, organizei uma lista de conceitos e informações importantes que todos devem ter acesso e compartilhar para a luta contra o câncer de mama seja bem-sucedida.jordan air force 1
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1 – Números:
A segunda maior incidência de câncer entre as mulheres no Brasil é o de mama, sendo este a maior causa de morte entre as mulheres. O mesmo se observa em outros países ocidentais , e sua frequência vem aumentando desde as décadas de 1960 e 1970. Segundo o INCA, são esperados 57.960 novos casos no país neste ano. Na Região Sudeste, é estimado 65 novos casos para cada 100 mil mulheres.
2 – Fatores Genéticos de Risco:
– Antecedentes familiares de primeiro grau da doença (mãe, irmãs, tias maternas e filhas);
– Casos surgidos abaixo dos 35 anos de idade,
– Parente masculino com câncer de mama; e familiar com câncer de mama feminino com menos de 40 nos;
– Mulheres abaixo dos 60 anos com casos de familiares primeiro grau ou segundo grau;
– Três familiares de primeiro ou segundo grau com câncer de mama ou ovário no mesmo lado da família;
– Em casos em que a biopsia revela tecido proliferativo com atipias.
SINTETIZANDO, MULHERES QUE TENHAM CÂNCER DE MAMA OU DE OVÁRIO NA SUA HISTÓRIA FAMILIAR MERECEM ATENÇÃO E CUIDADOS REDOBRADOS COM RELAÇÃO A ESSA DOENÇA E SEU CONTROLE.
3 – Fatores de Risco Relacionados ao Estilo de Vida e Hábitos:
– Tabagismo;
– Consumo elevado de bebidas alcoólicas;
– Alta exposição a agrotóxicos e a terapia ionizante.
4 – Fatores Endócrinos de Risco:
– Menarca (primeira menstruação) antes dos 12 anos;
– Menopausa depois dos 50 anos;
– Terapia de Reposição Hormonal (veja tópico específico sobre o assunto abaixo).
– Primeira gravidez após os 30 anos.
5 – Diagnóstico:
Embora o diagnóstico do câncer de mama com muita frequência seja feito em sua forma subclinica, por meio de mamografia de rotina ou por programa de rastreamento (screening) populacional, o exame físico é fundamental. Este inclui a inspeção estática e a inspeção dinâmica.
Os exames que mostram melhor diagnóstico são mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância magnética, em casos de alterações imagiológicos profundas (risco de pneumo e hemotórax).
O exame clínico e a mamografia são fundamentais para o diagnóstico precoce do câncer de mama e o sucesso do seu tratamento e controle. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda a mamografia anual a partir dos 50 anos, exceto em caso de risco pessoal ou familiar, uso de reposição hormonal ou fatores como fumo e exposição a agrotóxico e terapia ionizante.
É preciso destacar que O DIAGNÓSTICO PRECOCE É UM DOS MAIORES FATORES DE SUCESSO NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA.
6 – Terapia de Reposição Hormonal:
É muito utilizada na menopausa. Alguns estudos observacionais procuram correlacionar um pequeno risco nessa terapia com o câncer de mama, mas, como apresentam vários vieses (fatores que podem modificar seus resultados), devem ser visto com todo cuidado. Por isso, a indicação e acompanhamento médico são fundamentais para que os riscos sejam afastados e as mulheres possam ser beneficiadas por essa importante terapia. AQUI, MAIS UMA VEZ, A INDIVIDUALIZAÇÃO DO TRATAMENTO POR UM MÉDICO É A MELHOR FORMA DE REDUZIR SEU RISCO.
Encerro este texto com a certeza de que a população, e sobretudo as mulheres, entenda que a conscientização de que prevenção e diagnóstico precoce são as grandes armas contra o câncer de mama e não apenas durante o mês de outubro. Incorpore essas informações apresentadas à sua rotina e fique atenta para o aparecimento de quaisquer sinais atípicos nas suas mamas.
Um grande abraço e até o próximo artigo.
Dr. Celso Nascimento de Carvalho.
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